Repressão
Sexual , Banalização do sexo e suas consequências na vida da Mulher.
Não é
de hoje que existe a repressão sexual, embora a quem
acredite que por conta da banalização do sexo não exista mais
repressão. Doce engano! É em surdina que a repressão faz seu
papel. A religião, fatores culturais, e a opressão dos homens sob
as mulheres sempre foram fatores que pesaram quando o assunto era
sexualidade e sensualidade feminina.
Por
muito tempo a sexualidade feminina tinha apenas um objetivo que era a
reprodução, ou seja, não importava se a mulher tinha ou não
prazer, ela tinha apenas que cumprir o seu papel de procriar e
satisfazer o parceiro.
Os
homens sempre exploraram suas fantasias sexuais, numa relação seu
prazer e suas vontades vinham sempre em primeiro lugar, não se
importavam se sua companheira estava se realizando naquele ato ou
não. Foi assim durante séculos e essa maneira de lhe dar com a
sexualidade se condicionou à vida das mulheres que passou a
acreditar que era pecado conhecer seu corpo, se tocar, pensar na
possibilidade de ter prazer era inferno na certa.
Em
meados dos anos 60 as mulheres se cansaram dessa situação e
começaram a demonstrar que tinham desejos e fantasias assim como os
homens, porém essa ideia não foi aceita e essas mulheres eram
consideradas doentes.
Freud
sempre defendeu a ideia de que os seres humanos nascem com impulso
vital para busca do prazer, o que ele denominou de libido, conhecida
também como energia sexual. Em sua prática clínica, Freud notou que
as queixas e distúrbios de seus pacientes estavam relacionados à
sentimentos reprimidos e experiências sexuais perturbadoras. As
pessoas manisfestavam essa repressão de forma inconsciente,
somatizando doenças que passavam do psicológico, do mental, para o
corpo físico, são as chamadas doenças psicossomáticas.
Nos
dias atuais vivemos as consequências dessa repressão mal resolvida,
até hoje as pessoas vivem conflitos sexuais e somatizam doenças por
conta disso, mas por outro lado vivemos a "Era da banalização
do sexo".
O
apelo da mídia, a internet com seu menu de pornografia disponível à
qualquer momento, programas de tv, filmes, músicas, danças, tudo
banalizando o sexo. Mesmo com esse arsenal à
disposição engana-se quem pensa que estamos bem resolvidos quanto à
sexualidade.
As
mesmas pessoas que banalizam o sexo, já demonstram ter problemas
nessa área, pois usam a sexualidade para mascarar seus
desequilíbrios , seus bloqueios e insatisfação na vida.
Equilíbrio
Sexual
Contudo
as pessoas continuam vazias, carentes, falta companheirismo entre os
casais, muitos afirmam que não tempo tem para fazer sexo ou tratar
de assuntos mais íntimos, pois trabalham demais, tem contas demais
para pagar e o sexo sempre fica em ultimo lugar, até virar um
conflito generalizado entre o casal.
Muitos
procuram satisfazer o ego, suas carências e bloqueios com consumismo
exacerbado, na comida, na bebida ou mesmo na pornografia.
O
equilíbrio da sexualidade é muito importante, sexo precisa ser
tratado como parte de nós, da nossa saúde, da nossa força vital,
da energia que nos move, nos traz satisfação e prazer.
Sexo é
vida, não é pecado! Acredite você não vai para o inferno porque
tem prazer, porque busca conhecer seu corpo e realizar suas fantasias
e de seu parceiro.
As
mulheres precisam entender que os mesmos homens que as reprimem,
buscam satisfação sexual fora de casa, e tem interesses em mulheres bem resolvidas, embora não assumam de jeito nenhum. Talvez venha daí
a ideia de que todos os homens traem suas parceiras.
Funciona
mais ou menos assim; o homem conhece a mulher e se apaixona por ela,
por aquela energia gostosa que ela transmite, pela sua sensualidade e
também pelo fato de imaginar essa mulher satisfazendo seus desejos
mais íntimos. Depois por ciúmes e insegurança esse homem passa a reprimir essa mulher, que aceita suas imposições e deixa de
ser aquela moça adorável por quem se apaixonou. O
relacionamento torna-se apático, a mulher muitas vezes de tão
reprimida torna-se frígida e o homem insatisfeito, o desfecho da
história muitos já viveram na pele.
Há
casos também de pessoas que tiveram traumas por abusos na infância,
esses traumas quando não tratados em sua raiz também levam a
problemas na sexualidade que podem perdurar pela vida toda.
A boa
notícia é que sempre há uma cura, sempre há tempo de mudar, pouco
importa o que vão pensar de você, procure seu bem-estar, seu
equilíbrio na vida sexual. Se precisar faça uma terapia, aprenda pompoarismo, faça aulas de dança,
ginástica, Yoga.
Mulheres
também tem desejos e vontades próprias. Meninas, não
deixem que o medo trave suas realizações. Realize-se, a hora é
agora!
Deus
te deu a vida e com ela toda a responsabilidade de se cuidar. Seu
bem-estar físico, mental e espiritual depende apenas de você.
Texto:
Érica Ribeiro - Terapeuta