terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Repressão Sexual , Banalização do sexo e suas consequências na vida da Mulher.



Repressão Sexual , Banalização do sexo e suas consequências na vida da Mulher.
Não é de hoje que existe a repressão sexual, embora a quem acredite que por conta da banalização do sexo não exista mais repressão. Doce engano! É em surdina que a repressão faz seu papel. A religião, fatores culturais, e a opressão dos homens sob as mulheres sempre foram fatores que pesaram quando o assunto era sexualidade e sensualidade feminina.
Por muito tempo a sexualidade feminina tinha apenas um objetivo que era a reprodução, ou seja, não importava se a mulher tinha ou não prazer, ela tinha apenas que cumprir o seu papel de procriar e satisfazer o parceiro.
Os homens sempre exploraram suas fantasias sexuais, numa relação seu prazer e suas vontades vinham sempre em primeiro lugar, não se importavam se sua companheira estava se realizando naquele ato ou não. Foi assim durante séculos e essa maneira de lhe dar com a sexualidade se condicionou à vida das mulheres que passou a acreditar que era pecado conhecer seu corpo, se tocar, pensar na possibilidade de ter prazer era inferno na certa.
Em meados dos anos 60 as mulheres se cansaram dessa situação e começaram a demonstrar que tinham desejos e fantasias assim como os homens, porém essa ideia não foi aceita e essas mulheres eram consideradas doentes.
Freud sempre defendeu a ideia de que os seres humanos nascem com impulso vital para busca do prazer, o que ele denominou de libido, conhecida também como energia sexual. Em sua prática clínica, Freud notou que as queixas e distúrbios de seus pacientes estavam relacionados à sentimentos reprimidos e experiências sexuais perturbadoras. As pessoas manisfestavam essa repressão de forma inconsciente, somatizando doenças que passavam do psicológico, do mental, para o corpo físico, são as chamadas doenças psicossomáticas.
Nos dias atuais vivemos as consequências dessa repressão mal resolvida, até hoje as pessoas vivem conflitos sexuais e somatizam doenças por conta disso, mas por outro lado vivemos a "Era da banalização do sexo".
O apelo da mídia, a internet com seu menu de pornografia disponível à qualquer momento, programas de tv, filmes, músicas, danças, tudo banalizando o sexo. Mesmo com esse arsenal à disposição engana-se quem pensa que estamos bem resolvidos quanto à sexualidade.
As mesmas pessoas que banalizam o sexo, já demonstram ter problemas nessa área, pois usam a sexualidade para mascarar seus desequilíbrios , seus bloqueios e insatisfação na vida.
Equilíbrio Sexual
Contudo as pessoas continuam vazias, carentes, falta companheirismo entre os casais, muitos afirmam que não tempo tem para fazer sexo ou tratar de assuntos mais íntimos, pois trabalham demais, tem contas demais para pagar e o sexo sempre fica em ultimo lugar, até virar um conflito generalizado entre o casal.
Muitos procuram satisfazer o ego, suas carências e bloqueios com consumismo exacerbado, na comida, na bebida ou mesmo na pornografia.
O equilíbrio da sexualidade é muito importante, sexo precisa ser tratado como parte de nós, da nossa saúde, da nossa força vital, da energia que nos move, nos traz satisfação e prazer.
Sexo é vida, não é pecado! Acredite você não vai para o inferno porque tem prazer, porque busca conhecer seu corpo e realizar suas fantasias e de seu parceiro.
As mulheres precisam entender que os mesmos homens que as reprimem, buscam satisfação sexual fora de casa, e tem interesses em mulheres bem resolvidas, embora não assumam de jeito nenhum. Talvez venha daí a ideia de que todos os homens traem suas parceiras.
Funciona mais ou menos assim; o homem conhece a mulher e se apaixona por ela, por aquela energia gostosa que ela transmite, pela sua sensualidade e também pelo fato de imaginar essa mulher satisfazendo seus desejos mais íntimos. Depois por ciúmes e insegurança esse homem passa a reprimir essa mulher, que aceita suas imposições e deixa de ser aquela moça adorável por quem  se apaixonou. O relacionamento torna-se apático, a mulher muitas vezes de tão reprimida torna-se frígida e o homem insatisfeito, o desfecho da história muitos já viveram na pele.
Há casos também de pessoas que tiveram traumas por abusos na infância, esses traumas quando não tratados em sua raiz também levam a problemas na sexualidade que podem perdurar pela vida toda.
A boa notícia é que sempre há uma cura, sempre há tempo de mudar, pouco importa o que vão pensar de você, procure seu bem-estar, seu equilíbrio na vida sexual. Se precisar faça uma terapia, aprenda pompoarismo, faça aulas de dança, ginástica, Yoga.
Mulheres também tem desejos e vontades próprias. Meninas, não deixem que o medo trave suas realizações. Realize-se, a hora é agora!
Deus te deu a vida e com ela toda a responsabilidade de se cuidar. Seu bem-estar físico, mental e espiritual depende apenas de você.
Texto: Érica Ribeiro - Terapeuta